quarta-feira, 11 de maio de 2011

Gimnospermas


As gimnospermas (do grego Gymnos: 'nu'; e sperma: 'semente') são plantas terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes de clima frio ou temperado. Nesse grupo incluem-se plantas como pinheiros, as sequóias e os ciprestes.

As gimnospermas possuem raízes, caule e folhas. Possuem também ramos reprodutivos com folhas modificadas chamadas estróbilos. Em muitas gimnospermas, como os pinheiros e as sequóias, os estróbilos são bem desenvolvidos e conhecidos como cones - o que lhes confere a classificação no grupo das coníferas.

Há produção de sementes: elas se originam nos estróbilos femininos. No entanto, as gimnospermas não produzem frutos. Suas sementes são "nuas", ou seja, não ficam encerradas em frutos.

Reprodução das gimnospermas

Vamos usar o pinheiro-do-paraná (Araucária angustifólia) como modelo para explicar a reprodução das gimnospermas. Nessa planta os sexos são separados: a que possui estróbilos masculinos não possuem estróbilos femininos e vice-versa. Em outras gimnospermas, os dois tipos de estróbilos podem ocorrer numa mesma planta.


Cones ou estróbilos

O estróbilo masculino produz pequenos esporos chamados grãos de pólen. O estróbilo feminino produz estruturas denominadas óvulos. No interior de um óvulo maduro surge um grande esporo.

Quando um estróbilo masculino se abre e libera grande quantidade de grãos de pólen, esses grãos se espalham no ambiente e podem ser levados pelo vento até o estróbilo feminino. Então, um grão de pólen pode formar uma espécie de tubo, o tubo polínico, onde se origina o núcleo espermático, que é o gameta masculino. O tubo polínico cresce até alcançar o óvulo, no qual introduz o núcleo espermático.

No interior do óvulo, o grande esporo que ele abriga se desenvolve e forma uma estrutura que guarda a oosfera, o gameta feminino. Uma vez no interior do óvulo, o núcleo espermático fecunda a oosfera, formando o zigoto.

Este, por sua vez, se desenvolve, originando um embrião. À medida que o embrião se forma, o óvulo se transforma em semente, estrutura que contém e protege o embrião



Nos pinheiros, as sementes são chamadas pinhões. Uma vez formados os pinhões, o cone feminino passa a ser chamado pinha. Se espalhadas na natureza por algum agente disseminador, as sementes podem germinar. Ao germinar, cada semente origina uma nova planta.

A semente pode ser entendida como uma espécie de "fortaleza biológica", que abriga e protege o embrião contra desidratação, calor, frio e ação de certos parasitas. Além disso, as sementes armazenam reservas nutritivas, que alimentam o embrião e garantem o seu desenvolvimento até que as primeiras folhas sejam formadas. A partir daí, a nova planta fabrica seu próprio alimento pela fotossíntese.

By:Vini

Pteridófitas


Samambaias, avencas, xaxins e cavalinhas são alguns dos exemplos mais conhecidos de plantas do grupo das pteridófitas. A palavra pteridófita vem do grego pteridon, que significa 'feto'; mais phyton, 'planta'. Observe como as folhas em brotamento apresentam uma forma que lembra a posição de um feto humano no útero materno. Antes da invenção das esponjas de aço e de outros produtos, pteridófitas como a "cavalinha", cujo aspecto lembra a cauda de um cavalo e tem folhas muito ásperas, foram muito utilizadas como instrumento de limpeza. No Brasil, os brotos da samambaia-das-roças ou feto-águia, conhecido como alimento na forma de guisados.

Atualmente, a importância das pteridófitas para o interesse humano restringe-se, principalmente, ao seu valor ornamental. É comum casas e jardins serem embelezados com samambaias e avencas, entre outros exemplos.

Ao longo da história evolutiva da Terra, as pteridófitas foram os primeiros vegetais a apresentar um sistema de vasos condutores de nutrientes.




Cavalinha, pteridófita do gênero Equisetum.

Isso possibilitou um transporte mais rápido de água pelo corpo vegetal e favoreceu o surgimento de plantas de porte elevado. Além disso, os vasos condutores representam uma das aquisições que contribuíram para a adaptação dessas plantas a ambientes terrestres.




Samambaia


Xaxin


O corpo das pteridófitas possui raiz, caule e folha. O caule das atuais pteridófitas é em geral subterrâneo, com desenvolvimento horizontal. Mas, em algumas pteridófitas, como os xaxins, o caule é aéreo. Em geral, cada folha dessas plantas divide-se em muitas partes menores chamadas folíolos.

A maioria das pteridófitas é terrestre e, como as briófitas, vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.



Reprodução das pteridófitas

Da mesma maneira que as briófitas, as pteridófitas se reproduzem num ciclo que apresenta uma fase sexuada e outra assexuada.



Soros nas folhas de samabaia


Para descrever a reprodução nas pteridófitas, vamos tomar como exemplo uma samambaia comumente cultivada (Polypodium vulgare).

A samambaia é uma planta assexuada produtora de esporos. Por isso, ela representa a fase chamada esporófito

Em certas épocas, na superfície inferior das folhas das samambaias formam-se pontinhos escuros chamados soros. O surgimento dos soros indica que as samambaias estão em época de reprodução - em cada soro são produzidos inúmeros esporos.

Quando os esporos amadurecem, os soros se abrem. Então os esporos caem no solo úmido; cada esporo pode germinar e originar um protalo, aquela plantinha em forma de coração mostrada no esquema abaixo.

O protalo é uma planta sexuada, produtora de gametas; por isso, ele representa a fase chamada de gametófito.





Ciclo reprodutivo das samambaias



O protalo das samambaias contém estruturas onde se formam anterozoides e oosferas. No interior do protalo existe água em quantidade suficiente para que o anterozoide se desloque em meio líquido e "nade" em direção à oosfera, fecundado-a. Surge então o zigoto, que se desenvolve e forma o embrião.

O embrião, por sua vez, se desenvolve e forma uma nova samambaia, isto é, um novo esporófito. Quando adulta, as samambaias formam soros, iniciando novo ciclo de reprodução.

Como você pode perceber, tanto as briófitas como as pteridófitas dependem da água para a fecundação. Mas nas briófitas, o gametófito é a fase duradoura e os esporófitos, a fase passageira. Nas pteridófitas ocorre o contrário: o gametófito é passageiro - morre após a produção de gametas e a ocorrência da fecundação - e o esporófito é duradouro, pois se mantém vivo após a produção de esporos.

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Reprodução das Briófitas

Para explicar como as briófitas se reproduzem,tameremos como modelo o musgo minimoso.Observe o esquema abaixo.



Os musgos verdes que vemos num solo úmido, por exemplo,são plantas sexuadas que representam a fase chamada "gametófito",isto é, a fase produtora de gametas.

Nas Briófitas, os gametófitos em geral têm sexos separados.Em certas épocas,os gametófitos produzem uma pequena estrutura,geralmente na região apícal - onde terminam os filoides.Ali os gametas produzidos.Os gametófitos masculinos produzem gametas moveis, com flagelos: os "anterozoides".Já os gametófitos femininos produzem gametas imóveis,chamados "oosferas"

Uma Vez produzidos na planta masculina, os anterozoides podem ser levados até uma planta feminina com pingos de água da chuva que caem e respingam.Na planta feminina,os anterozoides nadam em direção à oosfera, da união entre um anterozoide e uma oosfera surge uma célula-ovo ou "zigoto", que se desenvolve e forma um embrião sobre a planta feminina.Em seguida,o embrião se desenvolve e origina uma fase assexuada chamada "esporófito", isto é, a fase produtora de esporos.

O esporófito possui uma haste e uma cápsula.No inferior da cápsula formam-se os esporos.Quando maduros, os esporos são liberados e podem germinar no solo úmido.Cada esporo, então,pode se desenvolver e originar um novo musgo verde - a fase sexuada chamada "gametófito"

Briófitas

Briófitas são plantas pequenas,geralmente com alguns poucos centímetros de altura,que vivem preferencialmente em locais úmidos e sombreados.

O Corpo de um Musgo (tipo de planta briófita) é formador basicamente or três partes ou estruturas:
-Rizoides - filamentos que fixam a planta no ambiente em que ela vive e absorvem a água e os sais minerais disponiveis nesse ambiente.
-Cauloide - pequena haste por onde partem os filoides
-Filoides - estruturas clorofiladas e capazes de fazer fotossíntese.



*Essas Estruturas são chamadas de rizoides, cauloides e filoides porque não têm a mesma organização de raízes,caules e folhas das pteridófitas, gimnospermas e angiospermas.Faltam-lhes, por exemplo, vasos condutores especializados no transporte de nutrientes como a água.Na organização das raízes, caules e folhas verdadeiros verifica-se a presença de vasos condutores de nutrientes.

*Aliás,uma das características mais marcantes das briófitas é a ausência de vasos condutores de nutrientes.Por isso, a água absorvida é transportada nessas plantas de célula para célula, ao longo do corpo vegetal.Esse tipo de transporte é relativamente lento e limita o desenvolvimento de plantas de grande porte.Assim,as briófitas são sempre pequenas,baixas.

quinta-feira, 5 de maio de 2011

O Maior Fungo do Mundo!

Armillaria ostoyae, o maior fungo do mundo conhecido popularmente como cogumelo de mel, foi encontrado em novembro de 2000 sob o solo da Floresta Nacional de Malheur, no leste do estado chuvoso de Oregon, nos Estados Unidos, e foi então apontado pela ciência como o maior organismo já encontrado no planeta.

É incrível, mas através de estudos de DNA e índices de taxa de crescimento, os cientistas descobriram que este “grandão” cobre uma área de quase 9 km2, equivalente a aproximadamente 1.600 campos de futebol. Enquanto uma estimativa precisa ainda não se confirme, acredita-se que a massa total da colônia pode chegar a 605 toneladas. E embora alguns estudiosos afirmem que este organismo pode ter 2.400 anos de idade, pesquisas recentes com base no genoma do fungo, estima-se que ele pode ter 8 mil anos de idade (uau!).

O fungo nasceu como uma partícula minúscula impossível de ser vista a olho nu, vem estendendo seus filamentos, os rizomorfos, entre as raízes das árvores. Ele se manifesta na forma de pequenos cogumelos de aparência inocente, mas sob o solo fixa-se nas raízes das árvores da floresta, roubando-lhes água, nutrientes, provocando putrefação e morte das mesmas. Embora existam espécies de árvores que resistam a este fungo, a taxa de crescimento fica comprometida. Assim, abre caminho para outros vegetais florescerem no lugar.


A Destruição vem de Baixo :P

quarta-feira, 4 de maio de 2011

Amanita, Um Gênero de Fungos

Amanita, é um género de fungos basidiomicetos da família Amanitaceae, compreendendo aproximadamente 600 espécies que apresentam um anel abaixo do píleo (o popular chapéu) e esporos brancos; algumas espécies são comestíveis, mas muitas são tóxicas ou até mortais, incluindo algumas das espécies mais tóxicas de cogumelos de todo mundo



Os fungos do gênero amanita são compostos por micélio e por cogumelo. O micélio é a parte que fica enterrada e é o fungo em si mesmo, sendo constituído por hifas (finas estruturas que se assemelham a cabelos humanos). Já os cogumelos, sendo a parte reprodutora do fungo, situam-se ao de cima da terra. São organismos decompositores.

Amanita:
O gênero amanita é conhecido pelos seus cogumelos com lamelas ou camadas, esporos brancos e uma volva. No início do seu ciclo de desenvolvimento os fungos Amanita, apresentam-se na forma de ovos brancos, mas a pouco e pouco o cogumelo se desenvolve, saindo para fora da terra. Depois, a volva começa a rasgar-se permanecendo na base por vezes reduzida a pó. Os restos da volva acabam por ficar no chapéu em quase todas as espécies. Infelizmente, algumas destas características são muito frágeis e podem ser removidas pela chuva, vento ou mesmo pelos animais. Contudo isto só se torna um problema quando se procuram amanitas para comer, pois só nesse caso é que se torna necessário que todas as características estejam no seu perfeito lugar para que se distingam as espécies comestíveis daquelas que podem causar envenenamento. Até ao final do desenvolvimento do cogumelo, isto é, até todas as cores aparecerem, passa-se um ano na maior parte das espécies amanitas. A época do ano em que os cogumelos se encontram maduros e aptos para a reprodução é o Outono.

O que são, e qual a importância dos Fungos:

Os fungos já foram classificados como vegetais e também como protistas. Atualmente são agrupados num reino à parte, chamado o reino Fungi. Este grupo inclui organismos diversos, que vivem em quase todos os ambientes terrestres e apresentam uma grande variação de formas e tamanhos.



Podem ser desde fungos microscópicos, formados por uma única célula (unicelulares), como é o caso das leveduras, até formas pluricelulares que atingem um tamanho considerável, como os bolores e os cogumelos. O maior fungo conhecido vive sob o solo de uma floresta nos Estados Unidos e ocupa uma área subterrânea de cerca de 9 km2!

Os fungos são organismos heterótrofos, ou seja, não produzem o próprio alimento, dependem da ingestão de matéria orgânica, viva ou morta, para sobreviver. As espécies que se alimentam de matéria orgânica morta possuem um papel importante na decomposição de animais e vegetais e são chamadas de saprófagas.

Sua reprodução pode ser tanto assexuada, através de brotamento, fragmentação ou produção de esporos, quanto sexuada, através do encontro de indivíduos de sexos diferentes.

O corpo das espécies pluricelulares é formado por duas partes: o micélio e o corpo de frutificação. O micélio corresponde a um emaranhado de filamentos longos e microscópicos chamados de hifas enquanto o corpo de frutificação é a estrutura reprodutiva destes fungos. Por exemplo, o bolor preto que cresce nos pães velhos, conhecido como mofo, corresponde ao corpo de frutificação. Já a parte que fica no interior do pão é o micélio.




Agentes decompositores:
Como vimos acima, muitos fungos são saprófagos, "desmancham" animais e plantas mortas, e, desta forma, permitem que a matéria orgânica retorne ao ambiente e dê continuidade ao ciclo da vida.

Porém, esta ação de decomposição pode ser prejudicial ao homem. Quem nunca teve alimentos, roupas, móveis de madeira e outros objetos mofados e estragados pela atividade dos fungos?

Fungos na alimentação:
Muitos fungos são comestíveis e utilizados na alimentação humana. É o caso dos cogumelos, como o champignon e o shitake. Outros fungos são utilizados na produção de alimentos, como o pão, e em bebidas alcoólicas, como o vinho e a cerveja.

Na fabricação do pão são utilizadas as leveduras (Saccharomyces cerevisiae), também chamadas de fermento. Estes fungos realizam um processo chamado fermentação, através do qual produzem gás carbônico e álcool etílico a partir do açúcar. O gás carbônico, liberado neste processo, cria pequenas bolhas de gás no interior da massa, fazendo com que o pão cresça e fique fofinho.

A produção de bebidas é realizada através da fermentação de diferentes ingredientes. O vinho, por exemplo, é fabricado a partir da fermentação da uva. Já a cerveja é produzida através da fermentação da cevada.

Medicamentos e parasitas:
Alguns fungos produzem compostos capazes de matar bactérias (substâncias bactericidas). A partir destas substâncias são fabricados antibióticos, como a penicilina, utilizada no combate a doenças infecciosas causadas por bactérias do gênero Streptococcus.

Muitos fungos são parasitas, causando doenças nos animais, no homem, e também nas plantas. As micoses são doenças provocadas por fungos, e vão desde frieiras nos dedos dos pés, até graves infecções nos órgãos internos.

Nas plantas estes organismos podem causar uma doença chamada "ferrugem", que provoca lesões de coloração alaranjada nas folhas e pode levar à perda de plantações inteiras.

Associações com outros organismos:
Algumas espécies de fungos estabelecem associações que são benéficas tanto para eles quanto para os hospedeiros. Este tipo de relação é chamado de mutualismo. Dois exemplos são os líquens e as micorrizas. Os líquens são associações entre fungos e algas e as micorrizas entre os fungos e as raízes de certas plantas.